O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil tomou uma decisão crucial em relação à recente ameaça de influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade que afeta aves silvestres. A declaração de emergência zoossanitária, inicialmente decretada em maio, foi prorrogada por mais 180 dias, cobrindo todo o território nacional. Essa medida visa a prevenção e controle da doença, com foco na proteção das aves comerciais e, por extensão, da indústria avícola brasileira.
A identificação de 139 focos do vírus H5N1, a maioria em aves silvestres ao longo da faixa litorânea que se estende do sul da Bahia ao Rio Grande do Sul, ressalta a importância da ação governamental.
Essa extensão do período de emergência zoossanitária permite a implementação de políticas preventivas que visam evitar a contaminação de aves comerciais por essa doença também conhecida como gripe aviária.
A decisão de prorrogar a emergência zoossanitária é baseada em diretrizes internacionais da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). De acordo com essas diretrizes, a posição do Brasil como um país livre da H5N1 em aves comerciais ainda é mantido, uma vez que não houve casos nesse setor.
Isso é vital para preservar a reputação do Brasil como um dos maiores exportadores de carne de frango do mundo, representando 35% do mercado global.
O vírus H5N1 é motivo de preocupação devido à sua alta capacidade de mutação e adaptabilidade a novos hospedeiros, representando um risco não apenas para o comércio internacional de produtos avícolas, mas também para a saúde humana.
Embora nunca tenha havido casos da doença em humanos no Brasil, a ameaça persiste, visto que o H5N1 ocasionalmente pode afetar mamíferos, incluindo gatos, cães, cavalos, suínos e até mesmo seres humanos.
É importante observar que, nas Américas, casos de H5N1 em humanos já foram registrados nos Estados Unidos, Chile e Equador, de acordo com dados da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Portanto, a prorrogação da emergência zoossanitária e as políticas preventivas adotadas pelo governo brasileiro desempenham um papel crucial na proteção da saúde das aves comerciais, da indústria avícola e, por extensão, da população brasileira, garantindo que o Brasil permaneça livre dessa ameaça à saúde pública.
Fonte: Agência Brasil
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