Saúde Infantil

Educação muito rígida pode afetar a saúde mental das crianças

Existe um ditado que diz que os pais são os espelhos para os filhos, e de fato, são. A educação que a família dá à uma criança contribui para o seu desenvolvimento social, mental e físico. Cada pai educa o seu filho conforme possa ter sido educado, em alguns casos, de forma mais rígida e autoritária, pois, isso pode ter vindo de outras gerações. Essa forma pode afetar a saúde psicológica das crianças e contribuir para que elas se tornem pessoas com questões emocionais durante a fase adulta. 

Segundo a psicóloga Roberta Rios, uma educação rígida, baseada no autoritarismo, traz consequências para o desenvolvimento saudável e adequado das crianças, e pode se tornar muito prejudicial, pois, elas acabam entendendo que não têm direito à autonomia, direito à voz, direito a pensar e a sentir, ou seja, o objetivo de uma educação autoritária geralmente é fazer com que essas crianças cumpram as regras e obedeçam, sem levar em conta o bem-estar da criança.

Cientistas da Universidade de Montreal, no Canadá, descobriram que crianças com uma criação severa tem mais chances de desenvolver depressão e ansiedade na adolescência. A pesquisa avaliou 94 adolescentes que haviam sido monitorados entre os 2 e os 9 anos, de acordo com o grau de exposição a um ambiente agressivo.

A psicóloga explica essa relação revelando o que uma criança pode desenvolver na fase adulta a partir dessa criação. “Elas podem se tornar, às vezes, adolescentes que se rebelam nesse momento da adolescência. Muito provavelmente, se tornam adultos inseguros que não sabem falar dos seus sentimentos, com dificuldade de se relacionar e uma autoestima muito baixa. Então, são inúmeras consequências”, afirma.

Ela ressalta, ainda, que é muito esperado que os filhos repitam o modelo de educação que vivenciaram e aprenderam. “É importante que esses pais peçam ajuda e busquem novos modelos de educação. Entre educação autoritária e uma educação permissiva, aquela que permite tudo, aquela que a criança não entende, não tem limites, que também gera insegurança, a gente pode ter uma educação que é firme e gentil ao mesmo tempo”, finaliza.

Milena Alves

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