Famílias em desespero recebem mensagens falsas de médicos exigindo pagamentos urgentes
Criminosos têm se aproveitado da vulnerabilidade de famílias com parentes internados em hospitais para aplicar golpes financeiros. A estratégia consiste em se passar por médicos e exigir pagamentos urgentes para procedimentos ou medicamentos fictícios.
Angélica Malcher Martins, 32, social media, conta que recebeu uma mensagem de um suposto médico após a internação do irmão no CTI do hospital Ophir Loyola, em Belém. O criminoso solicitava o pagamento de R$ 134 por um remédio fictício. Situações semelhantes foram relatadas por outras vítimas, como a UX designer Karina Lacerda, 45, que denunciou um golpe no Hospital Santa Rita, em São Paulo.
A analista de marketing Taiana Figueiredo, 33, lembra de um episódio em 2017 envolvendo a internação de sua avó em um hospital público de Salvador. Golpistas, com informações detalhadas, tentaram convencer a família a pagar R$ 16 mil por um procedimento inexistente.
O Hospital Ophir Loyola esclarece que todos os atendimentos pelo SUS são gratuitos e alerta familiares a não efetuarem pagamentos sem verificar com a ouvidoria. O Hospital Santa Rita afirma que não realiza cobranças por contato eletrônico e pede que questões financeiras sejam tratadas pessoalmente. O Ministério da Saúde orienta denúncias imediatas à polícia em casos de suspeita de golpes.
O médico Francisco Balestrim, presidente do Sindhosp, aponta três possíveis causas de vazamento de dados: falhas nos sistemas, invasões por hackers e erros nos processos internos. Recomendações incluem rotinas claras de utilização de dados, treinamentos para segurança e alerta para que nenhum hospital solicita recursos por canais não oficiais.
Hospitais devem estabelecer rotinas claras para o uso de dados, promover a segurança da informação e realizar treinamentos. O presidente do Sindhosp enfatiza que nenhum hospital entra em contato com familiares por terceiros. Em caso de suspeita, a administração do hospital deve ser acionada, pois a prática é crime e pode resultar em prisão de até 5 anos.
Fonte: O Liberal
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