Adultos jovens e de meia-idade representam uma parcela cada vez maior de pacientes de covid-19 em enfermarias e unidades de terapia intensiva. Isso é o que revelou o boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado na sexta-feira (7). Os dados ainda mostram uma ligeira queda no número de casos e mortes, de maneira geral, e das incidências de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), mas ainda se mantendo em um patamar crítico.
As informações, que se referem a 18 de abril a 1º de maio, confirmam o rejuvenescimento da pandemia. A idade média de internados é de 57 anos; na semanas anteriores era de 63 anos. Em relação a mortes, a média é de 71 anos e 64 anos. A Fiocruz informa que há um deslocamento da curva em direção a faixas etárias mais jovens.
O aumento de casos e mortes, para todas as idades, no período, foi de 483,1%. O boletim ressalta que algumas faixas etárias mantiveram um aumento ainda maior de ocorrências: 20 a 29 anos (622,7%), 30 a 39 anos (892,1%), 40 a 49 anos (955,9%), 50 a 59 anos (875,4%) e 60 a 69 anos (585,9%).
Em relação a mortes, o aumento global foi de 259,1%, sendo entre 20 a 29 anos de 654,5%, de 30 a 39 anos de 562,8%, de 40 a 49 anos de 692,9%, de 50 a 59 anos de 568,4% e de 60 a 69 anos de 379,9%.
“A ligeira redução de casos e óbitos por covid-19 não significa que o país tenha saído de uma situação crítica, pois as médias diárias de 59 mil casos e de 2,5 mil óbitos nestas duas semanas epidemiológicas se encontram em patamares muito elevados. Além disso, os altos níveis para SRAG e casos de covid-19 significam uma elevada demanda para o sistema de saúde, com consequências na taxa de ocupação de leitos”, aponta o relatório.
A Fiocruz destaca que oito estados e o Distrito Federal apresentm taxas de ocupação de UTI superiores a 90%: Piauí (92%), Ceará (97%), Rio Grande do Norte (94%), Pernambuco (97%), Sergipe (99%), Paraná (92%), Santa Catarina (92%), Mato Grosso do Sul (101%) e Distrito Federal (91%).
“Somente com a redução sustentada por algumas semanas, associada à aceleração da campanha de vacinação e à intensificação de ações de distanciamento físico e social, combinadas com proteção social, será possível alcançar a queda sustentada da transmissão e a redução da demanda pelos serviços de saúde”, afirmam no boletim.
Os pesquisadores frisam ainda a importância de “organizar o sistema de saúde para atender pessoas que apresentam os chamados efeitos de longo prazo ou condições pós-covid-19”, que consistem em problemas de saúde que persistem por mais um mês após a infecção pelo Sars-CoV-2.
“O acompanhamento e cuidados para todos que apresentem condições e efeitos de longo prazo pós-covid-19 deve ser uma política pública do setor saúde, envolvendo um conjunto de medidas e ações que vão da Atenção Primária à Saúde (APS) à atenção especializada ambulatorial e hospitalar, incluindo os sistemas de apoio diagnóstico e terapêutico, de modo a não tornar também invisíveis os problemas e necessidades de saúde da população diretamente afetada pela covid-19”, orientam no boletim.
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