A taxa de testes positivos para COVID-19 aumentou em todo o país e, nas últimas semanas, também em Belém. A alta é associada à Éris, uma subvariante da Ômicron monitorada pela OMS.
O aumento ocorre diante um cenário distinto do verificado em momentos anteriores da pandemia, com a maioria da população vacinada e menos risco de casos graves. “Mais do que nunca, devemos estar alerta para os vírus respiratórios e o crescimento da COVID-19, que tem feito novas vítimas no mundo todo, bem como em nosso Estado, principalmente com a chegada do inverno amazônico”, lembra o pneumologista Rubens Tofolo.
Segundo dados da Secretaria de Saúde, nos primeiros dias de 2024 foram constatados 886988 casos de Coronavírus no Estado do Pará, com 19189 óbitos.
O acometimento pulmonar é uma das principais sequelas da COVID-19, visto que o aparelho respiratório é o principal acometido pela doença.
A infecção pelo vírus da COVID-19 tende a destruir as células do pulmão, em especial as que produzem muco e substâncias que revestem os alvéolos.
“Em geral, os sintomas da COVID e da gripe são bem parecidos. Porém, a perda de olfato é um sintoma bastante recorrente em pacientes com COVID-19, algo que não ocorre em casos de influenza. Além disso, o novo coronavírus causa febre e tosse seca, enquanto a gripe costuma causar tosse carregada, com expectoração das secreções que se acumulam na traqueia, brônquios e pulmão”, explica o pneumologista.
O diagnóstico do novo coronavírus pode ser realizado por meios de diferentes tipos de exames, com metodologias específicas.
“ Os testes cumprem o importante papel de identificar pessoas infectadas, o que é fundamental para o controle da pandemia. Quando a infecção é descoberta rapidamente, há maiores chances de que a quarentena interrompa uma possível cadeia de transmissão. A testagem é muito importante, para que o paciente coloque-se em isolamento (em caso de resultado positivo) o quanto antes, salvaguardando a saúde de seus familiares e amigos. Além disso, para que o paciente saiba com qual doença ele está lidando e possa buscar o atendimento ou tratamento mais adequado. O exame acaba com a dúvida, pois permite diferenciar COVID de gripe, por rastrear e identificar rastros específicos de cada vírus”.
Para a reabilitação dos pacientes que tiveram COVID-19, os exercícios respiratórios são muito importantes, pois ajudam a recuperar a capacidade respiratória em casos mais graves, em que o paciente já está curado, mas ainda não conseguiu restabelecer suas condições normais de respiração.
“Não há segredo. Ao menor sinal de agravamento da gripe, procure uma unidade de saúde e, o mais importante, vacine-se! A vacinação diminuiu consideravelmente os óbitos por COVID no Brasil, mas pessoas vacinadas ainda podem pegar (e transmitir) o vírus. Logo, o melhor que podemos fazer é continuarmos nos cuidando e seguindo os protocolos de segurança”, aconselha o Dr. Rubens Tofolo.
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