COP28 reconhece oficialmente a crise climática como uma ameaça direta à saúde global
No último sábado, antes do primeiro “Dia da Saúde” na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) realizada em Dubai, delegados de 123 países assinaram uma nova declaração sobre o clima e a saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) saudou a iniciativa, destacando a urgência em acelerar ações para proteger as pessoas dos crescentes impactos climáticos.
O Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS, enfatizou que a crise climática é, antes de tudo, uma crise de saúde. Ele expressou gratidão aos Emirados Árabes Unidos por priorizarem a saúde na COP28. A OMS destaca que as mudanças climáticas provocam condições meteorológicas extremas, tirando vidas e envenenando o ar que respiramos.
A Declaração COP28 dos Emirados Árabes Unidos, assinada por 123 países, reconhece a necessidade de proteger comunidades e preparar sistemas de saúde para lidar com os impactos climáticos na saúde. O documento destaca a construção de sistemas de saúde resilientes ao clima, a colaboração para reduzir emissões, a maximização dos benefícios para a saúde da ação climática e o aumento do financiamento para soluções climáticas e de saúde.
Leia a Declaração COP28 dos EAU sobre Clima e Saúde AQUI!
No segundo dia da COP28, a União Internacional de Telecomunicações (UIT) organizou um evento sobre ‘Ação Digital Verde’, ressaltando o papel das tecnologias digitais na luta contra as mudanças climáticas. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) são fundamentais na monitorização climática, construção de resiliência e eficiência energética. No entanto, a rápida absorção de dados e dispositivos aumenta o consumo de energia e emissões.
Apesar da importância, a Ação Digital Verde enfrenta desafios, incluindo o aumento do consumo de energia e geração de lixo eletrônico. A secretária-geral da UIT, Doreen Bogdan-Martin, enfatizou a necessidade de mais esforços: “A Ação Digital Verde é um passo na direção certa, mas todos temos que fazer mais. Agora. Juntos”.
No domingo, defensores da saúde na COP28 afirmaram que o tema deveria ter sido discutido há muito tempo, considerando os impactos diretos das mudanças climáticas na saúde global. O aumento das temperaturas, derretimento das camadas de gelo e eventos climáticos extremos estão afetando a saúde diariamente, levando a mais de 250 mil mortes anuais previstas pela OMS nas próximas décadas.
O Dr. Tedros reiterou a importância de incluir a saúde nas negociações climáticas, destacando a necessidade de parcerias público-privadas e compromissos financeiros. Ministros da saúde, ambiente e finanças juntaram-se a figuras notáveis para discutir ações concretas na mitigação dos impactos das mudanças climáticas na saúde humana.
Reudji Kaiabi, da organização juvenil brasileira ‘Engajamundo’, destacou os impactos nas comunidades indígenas, como ondas de calor, secas e perda de recursos naturais. Ele pediu para serem ouvidos, respeitados e incluídos nas decisões. O Dr. Tedros sublinhou a importância de envolver comunidades marginalizadas na mitigação e adaptação, ressaltando a necessidade de investimentos maciços nos serviços de saúde.
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