A cerveja é a bebida alcoólica mais consumida de todo o mundo. A história remonta sua existência há mais de 7 mil anos e seus estilos e sabores ultrapassaram até mesmo a preferência pelo vinho. Na primeira sexta-feira do mês de agosto é celebrado o Dia Mundial da Cerveja, que além do fator social em reunir as pessoas nos tradicionais happy hour, a bebida, em quantidades moderadas, faz bem para a saúde cardiovascular.
Uma pesquisa conduzida pelo instituto italiano Research Laboratories, da Fondazione di Ricerca e Cura Giovanni Paolo II, mostrou que o consumo moderado da bebida faz bem ao coração De acordo com a pesquisa, tanto o vinho quanto a cerveja podem ter efeitos positivos ao coração – desde que consumidos sem excessos.
Em outro estudo, pesquisadores espanhóis do Hospital Clínic de Barcelona, da Universidade de Barcelona e do Centro de Pesquisa Cardiovascular (CSIC-ICCC), ressaltaram os possíveis benefícios da cerveja, com e sem álcool, na saúde cardiovascular, obesidade, nutrição e prevenção do envelhecimento celular.
Os benefícios da cerveja são atribuídos aos polifenóis, compostos encontrados majoritariamente em alimentos de origem vegetal e também na cerveja, que reduzem os riscos de AVC e câncer, devido a suas propriedades antioxidantes. “Na cerveja, encontramos até 50 tipos de polifenóis que, ingeridos pelo organismo, têm efeitos benéficos sobre a pressão arterial, os lipídios ou resistência à insulina”, explicou Rosa Lamuela, pesquisadora da Universidade de Barcelona.
Segundo pesquisa publicada na revista Nutrition, Metabolism e Cardiovascular Disease, o consumo indicado é de 330 ml por dia para mulheres e 660 ml para homens, o que ajuda a diminuir o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC) e doença arterial. O estudo ainda concluiu que, a não ser que haja alguma pré-disposição para dependência do álcool, tomar cerveja não aumenta risco de demência ou câncer.
Da Amazônia para o mundo
Em Belém, uma cervejaria faz história e torna mais alegre os fins de tarde às margens da Baía do Guajará. A Amazon Beer foi a primeira cervejaria da região norte do Brasil, com a proposta de valorizar os sabores da Amazonia.
Com isso nasceram diversas opções para os amantes da cerveja. Em 2014 uma inovação, a cerveja de açaí, foi eleita a melhor cerveja do Brasil, pelo Concurso Brasileiro de Cervejas, que ocorre anualmente em Blumenau.
Além do reconhecimento nacional, a cerveja produzida no Pará é exportada também para países da Europa. Para se manter no topo do ranking das cervejarias, a Amazon Beer preza por ingredientes com qualidade. “Nossos fornecedores são todos reconhecidos internacionalmente. O processo de produção é feito sem a adição de produtos químicos e respeitamos o processo de maturação e fermentação. A gente acredita que esses cuidados agregam mais qualidade ao produto”, detalha o empresário Caio Guimarães.
Mitos e Verdades sobre a cerveja
Toda cerveja é bastante amarga
MITO!
A cerveja é a bebida mais variada que existe quando o assunto é sabor. Pode até ter um certo amargor, mas nem sempre é assim e a escala de IBU pode te ajudar a entender a intensidade de cada rótulo. O gosto amargo geralmente vem do lúpulo e pode ser medido pelo IBU (International Biterness Unit, ou Medida Internacional de Amargor), a escala que dimensiona a intensidade, variando de 0 a 120. Quanto maior a sua posição na escala de amargor, mais intensa é a bebida. Em alguns estilos, no entanto, ele fica imperceptível, como no caso das cervejas doces, ácidas e até mesmo as ligeiramente salgadas.
2. A água é muito importante para a qualidade da cerveja
VERDADE, MAS…
…Hoje em dia, todas as cervejarias modernas tratam a água que será utilizada nas receitas para obter sempre o mesmo perfil mineral e padrão de qualidade. Isso permite a reprodução da fórmula em qualquer parte do mundo.
3. O sol estraga a cerveja
VERDADE!
A exposição à luz e ao calor prejudicam a qualidade da bebida. A cerveja deve ser armazenada corretamente em lugar fresco.
4. Cerveja congelada deve ir para o lixo
MITO!
Se você esquecer a cerveja no congelador (e ela não explodir), devolva-a para a geladeira e espere um ou dois dias antes de abri-la. O sabor e a carbonatação devem estar como antes. Claro que não devemos fazer esse processo muitas vezes, mas se aconteceu um dia, não tem problema.
5. Gelar muito a cerveja destrói o sabor
MITO!
A regra é clara: quanto mais forte e encorpada a cerveja, menos fria ela deve ser degustada. O que não significa que você deva carregar um termômetro para conferir se o bar serve a bebida na temperatura correta. Por ser leve e delicada, a pilsen merece ser servida gelada. Quantos graus? O brasileiro costuma beber cerveja no limite do congelamento e não há nada errado nisso. Se você não gosta assim, faça do seu jeito.
6. Quanto mais escura, mais forte é a cerveja
MITO!
Não se deixe enganar pelos sentidos. A cores marrom ou preta realmente causam a expectativa de uma bebida mais forte ou densa, mas isso não acontece. A tonalidade da cerveja depende da matéria-prima. Maltes de trigo são quase brancos, malte de cevada tipo pilsen dá um tom amarelado e as variedades tostadas e carameladas completam a paleta com cervejas que vão do avermelhado ao negro intenso. Existem cervejas claras que são fortes como é o caso das tripels ou das Imperial IPA, e cervejas escuras que podem ser mais leves, como as Dry Stouts, por exemplo.
7. Ser puro malte torna a cerveja melhor
MITO!
A lista dos ingredientes da cerveja depende do que o mestre-cervejeiro espera obter com a receita. Se a intenção é que ela seja mais encorpada, pode-se optar por trabalhar apenas com malte de cevada ou adicionar um pouco de trigo, mas se o objetivo é deixá-la ainda mais cremosa, é preferível utilizar aveia. Para quem busca uma cerveja leve e refrescante, prefira consumir aquelas que levam um pouco de milho ou arroz junto com o malte de cevada.
8. O colarinho protege a bebida
VERDADE!
A camada de espuma não deixa que a cerveja tenha contato direto com o ar, o que reduz a oxidação e a perda de gás. Além disso, o colarinho ajuda a preservar os aromas da cerveja e a sua temperatura.
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