Seca extrema, crise hídrica e redução da umidade do ar. O Brasil vive uma das piores crises ambientais das últimas décadas.
Esse cenário é agravado pelas queimadas, que não apenas contribuem para a piora da qualidade do ar, mas também colocam em risco a saúde da população, especialmente em regiões mais vulneráveis.
A fumaça das queimadas e a falta de acesso à água potável são dois grandes problemas que afetam diretamente a saúde pública.
Nas áreas mais atingidas, a desidratação é uma preocupação crescente, assim como o aumento de doenças respiratórias devido à inalação de fumaça.
Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), estados como Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal e Tocantins apresentaram um aumento alarmante no número de atendimentos por náuseas e vômitos nas últimas semanas.
Além disso, o aumento de temperaturas e a baixa umidade são fatores que agravam a situação de saúde, afetando de maneira mais intensa crianças, idosos e pessoas com doenças pré-existentes.
“Temos de trabalhar para mitigar todos os efeitos que na saúde são bastante sensíveis, alguns de curto prazo e outros que têm que ser acompanhados”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Diante desse cenário crítico, o Ministério da Saúde, sob a liderança de Nísia Trindade, tem intensificado as ações para mitigar os impactos da crise.
Nesta quarta-feira (11), a ministra reuniu secretários e representantes de conselhos de saúde para reforçar orientações e atualizações sobre as medidas adotadas para enfrentar a seca e as queimadas.
O Ministério da Saúde monitora as emergências climáticas através da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas, criada em julho deste ano.
Essa estrutura tem sido fundamental para planejar respostas imediatas às emergências, especialmente no que se refere à escassez de água e às queimadas.
A partir de agora, as reuniões diárias resultarão em comunicados oficiais com recomendações para a população e para os profissionais de saúde.
Outro ponto destacado pela ministra foi a proteção e o monitoramento da saúde dos brigadistas florestais, profissionais que estão na linha de frente no combate aos incêndios.
Em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, são divulgadas orientações para garantir a segurança desses trabalhadores que enfrentam condições extremas nas áreas de queimadas.
Além disso, a Força Nacional do SUS foi mobilizada para atuar nas regiões mais afetadas, realizando avaliações e prestando apoio aos gestores estaduais e municipais.
O monitoramento da qualidade do ar e da água também é uma prioridade, com o VigiAr e o VigiÁgua atuando na vigilância e na orientação sobre o provimento de água potável às áreas atingidas.
O Ministério da Saúde também divulgou uma série de recomendações à população para minimizar os riscos à saúde decorrentes dessa crise ambiental. Entre as orientações estão:
Com o agravamento das queimadas no Pantanal e na Amazônia Legal, o governo federal, por meio de um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, instituiu o Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo.
O Ministério da Saúde é um dos órgãos que fazem parte desse comitê, cuja missão é propor medidas para a implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.
Essa iniciativa busca coordenar ações estratégicas para minimizar os impactos dos incêndios florestais, não apenas do ponto de vista ambiental, mas também com foco na saúde pública e no bem-estar dos trabalhadores que atuam diretamente no combate às queimadas.
Com essas medidas, o governo brasileiro demonstra estar mobilizado para enfrentar uma das maiores crises ambientais e de saúde pública do país, com foco na proteção das populações mais vulneráveis e na preservação do meio ambiente.
Fonte: Ministério da Saúde
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