Carrapatos: cuidados devem ser redobrados em período chuvoso, alerta especialista - FRONT SAÚDE

Carrapatos: cuidados devem ser redobrados em período chuvoso, alerta especialista

De março a maio é conhecido como período de chuva amazônico, já no sul e sudeste as chuvas ocorrem principalmente entre os meses de dezembro a fevereiro e no leste a estação chuvosa é de maio a julho, isso de acordo com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

E é nessas épocas que devemos ter um cuidado a mais com a nossa saúde, mas também com os nossos animais. Já que nesse período há um aumento no índice de casos de carrapato. “Tudo que esse parasita precisa é de calor e umidade para se proliferar. Os ovos podem estar no solo apenas esperando a chuva chegar para as larvas eclodirem”, afirma a veterinária Victória Alves.

Ela também fala sobre o que pode acontecer com o animal caso não haja um cuidado adequado. “Se o tutor não manter as prevenções, esse animal pode vir a adoecer e passar despercebido, visto que a doença do carrapato pode ser de progressão lenta ou assintomática. Lembrando que gatos também podem se contaminar através da picada do carrapato”.

“Em cães as doenças do carrapato mais comuns são Babesiose, que tem como sintomas principais, o aparecimento de febre no animal; anorexia; e urina bem escura, assemelhando com Coca-Cola. Tem Erliquiose que também apresenta febre, tem falta de apetite e sangramento nasal e a Anaplasmose que como as outras também tem febre, mas o cachorro pode começar a mancar e ter letargia”.

Caso o animal de estimação esteja com carrapato, Victória faz um alerta para usar medicações por conta própria, ou banhos com substâncias tóxicas, “como butox, amitraz, dentre outros, pois essas medicações são fortíssimas e são feitas para serem passadas no ambiente e não no animal, o correto é levar ao veterinário para realizar consulta e fazer exames de sangue para investigar se ele apresenta alguma doença ou até mesmo mais de uma, ou que possa retornar para fazer exames após 7-10 dias do aparecimento do carrapato”.

A veterinária cita que os riscos são mínimos para a pessoa, “porém, não são impossíveis, pois o ser humano poderá se contaminar com as doenças se for picado por um carrapato contaminado, já que ele transmite a doença pelo sangue”.

Victória finaliza dizendo que existem medicações em que o médico veterinário receita para o pet, no qual ao ingerir o remédio, o cão fica com princípio ativo no sangue, fazendo com que ao ser picado, o carrapato venha a óbito antes mesmo de transmitir qualquer tipo de doença. “Vale ressaltar que a limpeza do ambiente precisa ser feita, pois, mesmo com o animal sob efeito do remédio, os carrapatos podem ficar se reproduzindo e subindo em seus animais, no ser humano ou até mesmo em armários, guarda roupas, etc. Então, além de eliminar eles do seu pet, deve-se eliminar do ambiente também”.