Cálculo renal em gatos: Sintomas e tratamento

Não é mistério que os felinos têm certa dificuldade para beber água no dia a dia. A questão é que muitas vezes isso acaba desencadeando vários problemas na saúde do gato, principalmente no sistema urinário, trazendo grande preocupação para os tutores. O cálculo renal em gatos é uma doença mais comum do que se imagina e precisa de alguns cuidados.

Popularmente conhecido como “pedra nos rins”, o cálculo renal em gatos – também chamado de urolitíase – se refere ao acúmulo excessivo de sais minerais no trato urinário dos gatos. A formação acontece por meio do acúmulo de sais minerais (como cálcio, sódio, potássio, magnésio, fósforo, hidrogênio, bicarbonato, entre outros) e que são filtrados pelo sistema renal.

Existem diferentes causas associadas a esse quadro, sendo que uma das principais é a falta de ingestão adequada de água. Isto é, quando o gato não bebe água o suficiente, os rins tendem a apresentar algumas falhas e, consequentemente, ficam mais vulneráveis a esse tipo de problema.

Não é muito difícil identificar um gato com problema renal, ainda mais se for um caso de pedra nos rins. Embora os felinos sejam animais que não gostam de demonstrar quando sentem dor ou desconforto, o tutor deve estar atento a alguns hábitos e comportamentos do animal. Os principais sintomas do cálculo renal em gatos são:

  • Dor (principalmente ao urinar), o que leva ao aumento de tempo durante a micção (o ato de fazer xixi)
  • Mudança da coloração da urina
  • Alteração no odor da urina
  • Diminuição da quantidade de urina e aumento da frequência da micção
  • Xixi no lugar errado

Caso haja qualquer suspeita de um gato com problema renal, o tutor precisa levá-lo o quanto antes para uma consulta com um médico veterinário. O especialista vai precisar que você descreva todos os sinais incomuns que observou no seu felino, e se valerá disto e de algumas análises para determinar se se trata ou não de cálculos renais:

  • Apalpar o abdômen do animal para detectar dor e altos ou inchaço na zona.
  • Realizar uma radiografia que permita analisar os rins, bexiga e todo o sistema urinário em busca de depósitos de minerais.
  • Análise de urina que permita identificar possíveis infecções.
  • Análises de laboratório para realizar um estudo com um cálculo da amostra recolhida.

O tratamento indicado pelo veterinário dependerá do tipo de acumulação mineral que esteja afetando o felino e do nível de gravidade da doença. As opções são várias:

  • Mudança de dieta: existem alimentos secos para gatos feitos especialmente para tratar condições renais, mas o mais recomendável é optar por alimentos úmidos, uma vez que uma maior quantidade de água ajuda a diluir os minerais acumulados na urina.
  • Cistotomia: trata-se de uma operação cirúrgica aplicada para extrair os cálculos.
  • Eliminação dos depósitos de minerais: utiliza-se um cateter para limpar os cálculos da zona da bexiga. Trata-se de um procedimento um pouco incômodo para o animal, mas que é de rotina nestes casos.
  • Uretrotomia: utilizam-se microscópios minúsculos para avaliar o estado do sistema urinário e extrair os cálculos, ampliando a uretra.

É de suma importância o aumento do consumo de água fresca, tanto para neutralizar a desidratação como para ajudar na dissolução dos cálculos. Deve fazer tudo o que for possível para que o seu gato aumente o seu consumo de água, uns 50 a 100 mililitros por cada quilo de peso é a média recomendada.

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