Na pandemia, os hospitais passaram a ir atrás de mais braços para evitar o caos administrativo, o que ocasionou em um reforço na tendência de terceirização do serviço de gestão do setor, que apresenta crescimento e um impacto positivo com relação a qualidade e eficácia.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já tinha mostrado essa tendência em 2018. Os hospitais municipais administrados por entidades privadas eram 13,2%, já em 2014, eram 10,6%. Estes dados são da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic).
Na RV Ímola, que é especializada em logística de medicamentos e no serviço de gestão hospitalar, o aumento foi de 36%, no mês de novembro de 2020 a junho de 2022, em relação ao mesmo período anterior, e segue apresentando crescimento. Segundo a executiva da área comercial hospitalar, Patrícia Lazzarini, o grande “boom” aconteceu quando não havia Equipamentos de Proteção Individual (EPI) o que demandou os hospitais a irem em busca de locais de armazenagem de materiais volumosos, por conta da importação de grandes quantidades de itens, como máscaras, luvas e aventais, e outros. “Nessa época, hospitais que já eram clientes, triplicaram suas posições de armazenagem e os novos conseguiram ter suporte de gerenciamento, com seguro sobre os itens guardados e a disponibilidade da frota de transporte”.
Por exemplo, a empresa RV Ímola oferece serviços como: planejamento de compras, recebimento, armazenagem, unitarização, separação e abastecimento de todos os pontos de consumo dentro do hospital, além de transporte de medicamentos e insumos.
Quando houve a falta de sedativos na pandemia, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), liberou a importação destes produtos. À época, denominou-se “apagão” de sedativos, momento em que os estabelecimentos de saúde procuravam por ajuda para conseguir os medicamentos em falta no país. “Nós ajudamos muitos hospitais com a importação desses medicamentos. Foi uma forma de ajudar administrativamente a sanar um problema que, sem exageros, estava tirando vidas”, conta Patrícia.
A empresa aproveitou a própria frota com veículos qualificados no transporte de itens termolábeis, e entregou sedativos país a fora, e isso aconteceu à pedido de hospitais que tinham importado o produto. Com a situação em que o Brasil estava, a empresa ajudou hospitais de campanha com a doação de equipamentos e mobiliários para armazenagem de produtos.
Fonte: Saúde Business
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