Bullying: Como ele afeta a saúde mental das crianças?

O bullying é definido pelo Ministério da Educação como uma intimidação sistemática, quando há violência física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação. Além disso, inclui ataques físicos, insultos, ameaças, comentários e apelidos pejorativos. A prática, que acontece de várias maneiras, pode prejudicar o desenvolvimento e a saúde mental das crianças.

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE) 2019, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que um em cada dez adolescentes já se sentiu ameaçado, ofendido e humilhado em redes sociais ou aplicativos, totalizando 13,2%. Com relação às meninas, a porcentagem vai para 16,2%. 

A psicóloga Roberta Rios afirma que as vítimas começam a ser atacadas por meio de suas próprias características e, geralmente, são desvalorizadas por seus colegas em ambientes feitos para socializar. “É extremamente maléfico para autoestima e sensação de auto capacidade da criança. Ela começa a se sentir deslocada e excluída”, conta. 

De acordo com a especialista, a presença dos pais é de extrema importância na identificação de quando o filho está sofrendo este tipo violência. “Na maioria das vezes, os sinais podem aparecer com isolamentos, irritabilidade ou a dificuldade de socializar. Quando diz que não é bom em nada ou não serve para fazer algo é necessário ficar atento”, alertou. 

Ao reconhecer o bullying, alguns pais ficam com dúvidas de como resolver o problema. No entanto, Roberta esclarece que a intervenção deve ser exercida de modo ágil. “Os pais precisam chamar a direção da escola ou psicóloga e tentar entender o que a criança sente. Às vezes, a família percebe, somente não tem conhecimento da dimensão da adversidade”, acrescentou.

O bullying pode se personificar como título de brincadeira ou apelido e, em seguida, ir agravando. A psicóloga enfatiza que a prática não é divertida e que afetar aquele que recebe as ofensas. “Precisamos deixar claro que aquilo que machuca ou fera a autoestima não é brincadeira. Só é diversão quando os dois lados gostam da brincadeira”, finalizou.  

*Texto Saul Anjos

Milena Alves

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