Quase quatro milhões de brasileiros residem em áreas suscetíveis a desastres naturais, onde enfrentam os perigos decorrentes de chuvas torrenciais, inundações e deslizamentos de terra. Segundo o Serviço Geológico do Brasil, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, esses eventos não apenas resultam em mortes e danos materiais, mas também aumentam a propagação de doenças, incluindo o tétano acidental.
O tétano, uma infecção aguda causada pela bactéria Clostridium tetani, representa uma ameaça significativa em meio a desastres naturais. A contaminação ocorre frequentemente por ferimentos expostos ao ambiente contaminado por esta bactéria. Durante inundações, o risco de exposição aumenta consideravelmente devido à presença de detritos arrastados pelas águas, que podem causar ferimentos na população.
Os sintomas do tétano geralmente se manifestam de cinco a 15 dias após a contaminação e incluem febre baixa, contrações musculares dolorosas e rigidez. Em casos mais graves, podem ocorrer espasmos generalizados e dificuldade de deglutição. O tratamento envolve a administração do soro antitetânico, desenvolvido a partir do plasma de equinos imunizados contra a toxina tetânica.
Além do tratamento, a prevenção do tétano é crucial. A imunização através da vacina antitetânica, que faz parte do Programa Nacional de Imunizações desde 1992, demonstrou uma redução significativa nos casos da doença. A vacinação inicial ocorre no primeiro ano de vida e reforços devem ser feitos a cada dez anos. Em casos de ferimentos graves ou gestação, a administração antecipada do reforço é recomendada.
Outra ameaça durante inundações é a leptospirose, uma doença transmitida pela bactéria Leptospira, presente na urina de roedores. A exposição à água e lama contaminadas aumenta o risco de infecção, tornando áreas inundadas propensas a surtos da doença.
A prevenção da leptospirose durante inundações requer cuidados específicos, como cobrir ferimentos com bandagens à prova d’água, usar equipamentos de proteção individual e desinfetar ambientes após a inundação. Além disso, o controle de roedores e o descarte adequado do lixo são medidas fundamentais para evitar a propagação da doença.
Embora os sintomas iniciais da leptospirose se assemelhem aos da dengue e da gripe, existem diferenças distintas. A identificação correta da doença é crucial para um tratamento eficaz, especialmente em regiões propensas a surtos de dengue. O diagnóstico preciso é facilitado por meio de testes laboratoriais e histórico de exposição a inundações.
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