Saúde Pública

Brasil sediou o lançamento do Conselho Global que busca soluções para desigualdades em saúde

O Brasil sediou o lançamento do Conselho Global sobre Desigualdade, Aids e Pandemias, uma iniciativa que busca reunir evidências para a formulação de políticas públicas e fortalecer a resposta a questões de saúde e prevenção de doenças. O Conselho, cuja primeira reunião aconteceu em Brasília, conta com a participação de importantes líderes, como o economista Joseph E. Stiglitz, a primeira-dama da Namíbia, Monica Geingos, e o diretor do Instituto para Equidade em Saúde da Faculdade Universitária de Londres, Sir Michael Marmot.

A ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade, que é membro fundador do Conselho, ressaltou a importância de converter as lições aprendidas em ação, reduzindo as desigualdades que impulsionam as crises de saúde e fortalecendo a preparação para pandemias futuras. A diretora executiva do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Winnie Byanyima, também é membro do Conselho e destacou o exemplo da resposta ao vírus como um caso de sucesso na união de comunidades para superar desigualdades e salvar vidas.

O Unaids destaca que as desigualdades sociais e econômicas exacerbam e prolongam as pandemias, afetando especialmente as pessoas mais pobres e vulneráveis. No Brasil, por exemplo, embora as infecções por HIV tenham diminuído entre a população branca devido ao acesso ampliado ao tratamento e às ferramentas de prevenção, as infecções entre a população negra têm aumentado. A desigualdade de gênero também coloca em risco a saúde das mulheres em todo o mundo, refletindo a disparidade econômica e educacional em países como Gana, Costa do Marfim e Libéria.

O Conselho Global pretende criar estratégias para enfrentar essas desigualdades e promover respostas às pandemias que as reduzam. Além disso, o conselho busca fornecer recursos jurídicos para as comunidades mais afetadas, permitindo que elas influenciem as mudanças políticas e de poder. A iniciativa também destaca a importância da aplicação de políticas e abordagens baseadas em evidências para enfrentar os desafios atuais e futuros.

A participação do Brasil nessa iniciativa demonstra o compromisso do país em fortalecer a saúde global e reafirma seu papel relevante no cenário internacional. Ações conjuntas entre países e comunidades são fundamentais para enfrentar as desigualdades e garantir uma resposta eficaz a pandemias e emergências sanitárias.

Romeu Lima

Recent Posts

Fiocruz desbrava a Antártica em busca de novos vírus

O programa Fioantar, conduzido pela Fiocruz, deu início a uma nova etapa nesta quarta-feira (20).…

16 horas ago

OMS: veja as novidades sobre Simpósio, G20 e Mpox

No dia 13 de dezembro de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização…

16 horas ago

Ação tem levado saúde a comunidades isoladas no Baixo Tapajós

A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) está liderando uma importante missão para…

3 dias ago

Brasil e OMS se unem pela eliminação do câncer cervical

O câncer do colo do útero, terceiro mais comum entre as mulheres no Brasil, tem…

3 dias ago

Diabetes: + de 800 milhões de casos e 450 milhões sem acesso

O diabetes tem se tornado uma preocupação crescente no cenário global. Segundo dados divulgados pela…

3 dias ago

Alice Saúde: o plano empresarial com menor reajuste do mercado

Os custos com planos de saúde empresariais são uma das principais despesas das empresas no…

3 dias ago

This website uses cookies.