Pesquisadores do Instituto Butantan, em parceria com a Rede Nacional de Vigilância de Vírus em Animais Silvestres (PREVIR), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), estão conduzindo uma investigação ativa para identificar amostras do vírus da gripe aviária H5N1 no estado de São Paulo.
O objetivo é aprimorar o monitoramento de aves silvestres, especialmente aquelas associadas a ambientes aquáticos, visando descobrir as rotas migratórias que podem introduzir diferentes linhagens da influenza aviária no Brasil.
Desde 2016, o Instituto Butantan monitora patógenos em aves, expandindo a pesquisa durante a pandemia para incluir amostras de coronavírus em morcegos e aves na Amazônia e na Mata Atlântica. A pandemia intensificou a coleta em aves migratórias, com foco nas áreas aquáticas.
Alertados pelos primeiros casos na América do Sul em aves migratórias dos Estados Unidos, o Brasil declarou emergência sanitária animal em maio de 2023 após o primeiro caso de H5N1 no país. Apesar de considerado livre de influenza aviária pela OMSA, foram registrados 148 focos de H5N1, principalmente em aves silvestres.
A equipe do Butantan, composta por seis pesquisadores, realiza expedições mensais. A primeira, em setembro, concentrou-se na coleta de amostras de secreções respiratórias de patos na represa Guarapiranga. As próximas expedições estão programadas para Ilha Comprida e Cananéia, no litoral sul paulista. As amostras são analisadas por virologistas da PREVIR na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP em Pirassununga.
Até o momento, todas as amostras foram negativas para o vírus H5N1. O projeto, financiado pela PREVIR, continuará até novembro de 2024. O monitoramento visa entender as rotas migratórias das aves e identificar rapidamente qualquer emergência relacionada a novas variantes do vírus.
A PREVIR, lançada em 2020, visa monitorar a evolução das cepas do vírus de gripe aviária no Brasil. A vigilância genômica é crucial para identificar marcadores moleculares de adaptação do vírus, potencialmente transmitidos para mamíferos. O monitoramento contínuo permitirá uma resposta rápida diante de emergências e o surgimento de novas variantes.
Casos positivos de H5N1 em leões marinhos no Brasil alertam para mudanças no vírus circulante, indicando adaptação a mamíferos. Embora a OMS considere baixa a possibilidade de uma pandemia de H5N1, a evolução rápida do vírus exige vigilância constante. Apesar dos casos raros em humanos, é crucial monitorar e compreender a evolução do vírus para prevenir potenciais ameaças à saúde pública.
Fonte: Instituto Butantan
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