Avanço na pesquisa sobre a Coronavac conta com investimento de 32,5 milhões

A terceira fase do ensaio clínico da CoronaVac no Brasil, que testou a eficácia da vacina em cerca de 13 mil profissionais de saúde, contou com o apoio de R$ 32,5 milhões da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O sucesso da pesquisa levou à aprovação emergencial da vacina pela Anvisa em de janeiro de 2021 e, atualmente, de cada dez pessoas vacinadas no Brasil, sete recebem a vacina do Butantan

O suporte financeiro da FAPESP foi estendido para outros projetos voltados ao combate da pandemia. Entre eles, o Projeto S, ensaio clínico realizado em Serrana (SP) para avaliar a eficiência da vacinação em nível populacional; o soro anticoronavírus feito a partir do plasma de cavalos, que tem o objetivo de amenizar os sintomas da doença em pessoas infectadas; e a ButanVac, a primeira vacina contra a Covid-19 produzida integralmente no Brasil. 

O Instituto Butantan implementou ainda uma Rede de Alerta para detectar as variantes emergentes do SARS-CoV-2 em São Paulo, o que resultou na descoberta da variante de Sorocaba em março deste ano, e está estudando como o coronavírus age em diferentes tipos de células humanas (dos neurônios às células do sistema imunológico, entre outras). A pesquisa em questão tem o intuito de descobrir novas estratégias terapêuticascontra a doença. “Em linhas gerais, ao descobrir o alvo do vírus, podemos desenvolver uma molécula que reverta esse fenômeno”, diz Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Butantan. Esse é o primeiro passo, de acordo com Tavassi, para o desenvolvimento de um antiviral. 

Todas as amostras colhidas dos voluntários, tanto dos moradores de Serrana quanto dos profissionais de saúde que participaram da fase 3 da CoronaVac, serão armazenadas futuramente no Centro de Recursos Biológicos Butantan (CRBB), outro projeto que recebeu o apoio da FAPESP. Chamado pelos cientistas do Butantan de biobanco, trata-se de um biorrepositório de células e microrganismos com o objetivo de centralizar o armazenamento de linhagens celulares humanas e animais, assim como manter um “backup” das cepas utilizadas na produção de imunobiológicos do Instituto. 

Parceira do Butantan desde o ano de sua fundação, em 1962, a FAPESP já concedeu 1.134 auxílios à pesquisa (54 em andamento) e 1.458 bolsas (82 em andamento) à instituição. 

*com informações do Ministério da Saúde

Editor

Recent Posts

Argentina limita preço de planos de saúde após disparada

Após meses de aumentos exorbitantes nos preços dos planos de saúde na Argentina, o governo…

2 dias ago

O impacto da judicialização na saúde suplementar brasileiro

O aumento significativo da judicialização tem sido um obstáculo cada vez maior para o sistema…

2 dias ago

Saiba quais infecções podem voltar e como se prevenir delas

Ao contrário de algumas doenças que oferecem imunidade vitalícia após uma única exposição, como rubéola,…

2 dias ago

Seguradoras de saúde inovam para enfrentar desafios do setor

As seguradoras de saúde brasileiras estão adotando estratégias proativas para lidar com os crescentes custos…

3 dias ago

Enfermeiros contra empresas com IA: entenda os dois lados

Na vanguarda da inovação tecnológica, a Nvidia revelou em sua última conferência uma parceria estratégica…

4 dias ago

Walmart encerra suas 51 clínicas e serviços virtuais de saúde

O Walmart anunciou na terça-feira o fechamento de todas as suas 51 clínicas de saúde…

4 dias ago

This website uses cookies.