Questões culturais, constrangimento e receio estão entre os principais tabus na hora de falar sobre a saúde íntima da mulher. Com o passar dos anos, durante o climatério, essa situação pode ficar ainda mais complexa. Resultado da falta de produção de estrogênio, a vaginite atrófica, como também é conhecida, causa secagem e inflamação das paredes vaginais. As consequências vão desde a falta de lubrificação e dores na penetração até coceira, ardência e incontinência urinária.
É mais comum nas mulheres em menopausa, que param de produzir o estrogênio, mas não se restringe apenas a esse grupo. Pode acontecer com quem faz quimioterapia, por exemplo, ou radioterapia pélvica para tratar algum tumor. Também é muito comum no pós parto, período de grande oscilação de hormônios que estão altíssimos durante a gravidez. Quando o bebê nasce, ocorre uma queda no nível dos hormônios e a mulher pode ficar com essa síndrome. Até o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, em alguns casos, pode causar a atrofia.
“Entre os sinais mais comuns estão a secura, queimação, irritação, coceira e dor durante a relação sexual. É preciso ter consciência sobre essa doença e saber que existe tratamento”, destaca o ginecologista, Luciano Pompei.
O diagnóstico da atrofia vaginal é feito por meio da avaliação dos sinais e sintomas e exame ginecológico. “Uma das questões que dificultam o diagnóstico assertivo da atrofia vaginal é o fato de muitas mulheres acreditarem que os sintomas são parte natural do envelhecimento, e isso não é verdade. A vergonha de falar sobre o assunto, também costuma ser uma barreira para o tratamento. Sentir dor durante a relação sexual, por exemplo, não é normal. Todo e qualquer sintoma relacionado à saúde da vagina deve ser relatado aos profissionais de saúde”, afirma o especialista.
Tratamento
O tratamento para a síndrome varia de acordo com cada mulher e no Brasil existem diversas terapias disponíveis para esta condição. Entre elas, lubrificantes vaginais sem ingredientes hormonais ativos, hormônios na forma de creme vaginal ou óvulos e comprimido de estradiol, lançado recentemente.
Em todos os casos, a primeira orientação é o uso diário de hidratantes vaginais à base de substâncias emolientes não hormonais, além do lubrificante, usado nas relações sexuais. Quando isso não funciona, são usados compostos hormonais com estrogênio e de uso tópico.
Apesar de ser comum, a atrofia vaginal não atinge todas as mulheres e algumas podem nunca vir a sentir os sintomas. Por se tratar de um acontecimento fisiológico na maioria dos casos associado a menopausa, não tem como ser controlado. A indicação médica é manter a área sexualmente ativa, fazer atividades pélvicas, estimulando a circulação sanguínea e a lubrificação na área.
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