Alta incidência de câncer de mama em pets traz alerta aos tutores

Um dos principais tipos de tumores nos pets, o câncer de mama em pets é uma doença grave que atinge, principalmente, as cadelas. Cuidar frequentemente da saúde dos animais de estimação é uma responsabilidade constante de tutores, que devem ficar atentos aos exames de rotina.

Em cadelas com propensão ao desenvolvimento de neoplasias, de todos os tumores possíveis, a probabilidade da ocorrência do câncer de mama fica entre 45% e 50%, de acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). Em gatas, o número é em torno dos 20%.

Quando se manifesta de forma benigna, o câncer de mama pode ser tratado em tempo hábil, sem prejudicar a qualidade de vida do animal, segundo a médica veterinária Malena Noro Silva. “E quando o tumor for diagnosticado como maligno, é importante fazer o tratamento o quanto antes para aumentar as chances de cura e prolongar a vida de forma confortável para o animal”, explicou.

O câncer de mama pode ocorrer por fatores como predisposição genética, exposição a carcinógenos ambientais, envelhecimento e fatores hormonais. “A aplicação de medicações para interromper o cio também contribuem e muito para o desenvolvimento do câncer de mama em pets. Alimentação inadequada, sobrepeso e obesidade também favorecem o aparecimento do câncer de mama”, afirmou a veterinária.

As cadelas são as mais propícias a ter a doença, porém a incidência de gatas apresentares tumores malignos é maior, segundo Malena. “O câncer de mama é mais comum em cadelas do que em gatas. Porém, em gatas a incidência de tumores malignos é maior. A maior incidência de tumor de mama é em fêmeas, mas pode também ocorrer em machos de forma mais rara. O câncer de mama é mais comum em cadelas, provavelmente, devido as mesmas estarem mais expostas aos multifatores que favorecem o surgimento dessa enfermidade, principalmente aos fatores hormonais, tendência a apresentar gravidez psicológica, fatores alimentares e ambientais, e também não podemos esquecer da predisposição genética”, revelou.

A castração pode ser considerada uma forma de prevenção, segundo a médica. “Quanto antes a castração for realizada, menores as chances da cadela ou gata desenvolverem um tumor mamário. E a castração evitam outras doenças nas cadelas e gatas como a piometra (infecção uterina), câncer nos ovários e útero apesar de ocorrerem com menor frequência. Procure sempre um profissional Médico Veterinário para as orientações adequadas”, declarou.

Tratamento e diagnóstico

O diagnóstico do câncer de mama pode ser feito durante a consulta veterinária, por meio de exames clínicos (palpação), laboratoriais (Citologia, Histopatológico) e exames de imagens (radiografias e ultrassonografia), como orienta a especialista. “No pré-operatório é importante realizar os exames de sangue (hemograma e bioquímicos), além de outros exames se forem necessários de acordo com a solicitação do Médico Veterinário que está atendendo o animal”, afirmou.

O principal tratamento é a remoção dos nódulos por cirurgia, independente do tipo ou tamanho. “Quanto antes for realizada a cirurgia, o mais precoce possível, menores as chances de reaparecimento de outro nódulo e maior a chance do animal ser curado. É importante o acompanhamento com o especialista Oncologista Veterinário para realizar o tratamento mais adequado para o seu animal, além de uso de outros medicamentos, ou até a realização da quimioterapia”, concluiu.

Alessandra Fonseca

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