DIU, conceito de método anticoncepcional e educação sexual. Por FabianMontano
No dia 26 de agosto, o mundo celebra o Dia Internacional da Igualdade Feminina e o Sistema Único de Saúde (SUS) tem se mostrado um aliado fundamental na promoção da equidade de gênero, com diversas iniciativas voltadas para a saúde da mulher e o combate à desigualdade. Vamos conhecer algumas dessas ações que estão fazendo a diferença na vida de milhões de brasileiras.
Uma das principais iniciativas recentes do SUS foi a ampliação do acesso ao Dispositivo Intrauterino (DIU). Em 2022, o Ministério da Saúde permitiu que enfermeiras e enfermeiros, além de médicos, realizassem a colocação e retirada do DIU.
Como resultado, o número de inserções de DIUs em unidades de atenção primária, como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), dobrou de 30 mil para 60 mil entre 2022 e 2023.
Em toda a rede do SUS, que inclui ambulatórios, policlínicas e hospitais, foram realizadas 164,4 mil inserções, um aumento de 43,6% em relação ao ano anterior.
Essa medida visa não apenas ampliar o acesso ao planejamento reprodutivo, mas também reduzir o número de gestações não planejadas, abortos inseguros e a morbimortalidade materna e infantil.
O SUS oferece uma variedade de métodos anticoncepcionais, que podem ser acessados gratuitamente nas UBSs ou pelo Programa Farmácia Popular.
Para garantir que o uso do DIU seja amplamente difundido e compreendido, o SUS investiu na qualificação de suas equipes de saúde.
Desde 2023, mais de 5 mil profissionais do programa Mais Médicos foram formados, e dez Centros de Referência sobre saúde da mulher foram inaugurados em cinco estados, em parceria com a ONU.
Essas ações incluem conteúdo focado na igualdade de gênero, abordando temas como direitos sexuais e reprodutivos, atenção obstétrica e combate à violência doméstica e sexual.
Além disso, o Ministério da Saúde firmou um acordo com o Instituto Promundo para formar 15 mil profissionais em temas relacionados à paternidade e masculinidades, como o pré-natal do parceiro.
Até agora, 5,7 mil profissionais foram qualificados para incentivar o envolvimento dos homens na paternidade, na prevenção da violência e na divisão das tarefas domésticas.
Outro avanço significativo foi a criação das salas lilás, espaços exclusivos nos serviços do SUS para atendimento de vítimas de violência, oferecendo acolhimento imediato após a agressão, com privacidade e proteção à integridade física.
Essas salas serão implantadas em 36 novas maternidades que estão sendo construídas por meio do Novo PAC, beneficiando 26,7 milhões de mulheres em idade fértil.
Este ano, o SUS também lançou o Programa Dignidade Menstrual, que distribui gratuitamente absorventes através do Farmácia Popular.
A iniciativa atende pessoas de 10 a 49 anos inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), estudantes de baixa renda da rede pública e pessoas em situação de rua. Até agora, 1,8 milhão de pessoas já retiraram absorventes, com um investimento de R$ 63 milhões.
Essas iniciativas demonstram o compromisso do SUS com a promoção da igualdade de gênero e a melhoria da saúde da mulher.
As ações do Ministério da Saúde refletem uma preocupação contínua com a inclusão e o bem-estar das mulheres brasileiras, oferecendo suporte e ferramentas para que elas possam exercer seus direitos de maneira plena e digna.
Fonte: Agência Gov
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