Diana e seu filho Enzo Foto: divulgação
O filme “Divertidamente” de 2015 trouxe de volta o debate sobre as emoções e sentimentos das crianças, ressaltando a importância de entender e valorizar todas as experiências emocionais.
Damião Silva, psicólogo e especialista em crianças autistas, destaca como essa abordagem tem sido essencial para promover uma maior compreensão e aceitação das diferenças, especialmente no que diz respeito às crianças autistas.
Animações como “Thomas e Seus Amigos”, “Vila Sésamo” e o curta-metragem “Flutuar” têm desempenhado um papel significativo em desmistificar o autismo e promover uma maior inclusão.
“A representação de personagens autistas em animações infantis é um passo essencial para um mundo mais inclusivo e compreensivo,” afirma Dan Silva. “Ao permitir que todas as crianças compreendam o outro e também tenham espaço para se sentirem confortáveis, é possível incentivar uma convivência muito mais saudável e inclusiva.”
Gabriel Frozi, diretor da Rio Christian School, no Rio de Janeiro, é um defensor dedicado da educação inclusiva e do apoio integral às crianças autistas.
Com uma visão holística sobre o desenvolvimento infantil, segundo ele, é importante também utilizar esses filmes para ajudar na abordagem colaborativa entre a escola e a família, é essencial para proporcionar um ambiente de aprendizado seguro e eficaz para crianças autistas.
“Comunicação Aberta e Constante. A troca regular de informações entre professores e pais é crucial para entender as necessidades específicas de cada criança e ajustar as estratégias de ensino conforme necessário. Cada criança autista é única. A escola deve trabalhar com a família para desenvolver planos de ensino individualizados que atendam às necessidades e potencialidades de cada aluno. Criar um ambiente escolar inclusivo e acolhedor ajuda as crianças autistas a se sentirem seguras e valorizadas. Isso pode incluir adaptações no espaço físico e no material didático. Os pais devem ser incentivados a se envolver ativamente na vida escolar de seus filhos, participando de reuniões, eventos e atividades escolares. Utilizar ferramentas e tecnologias assistivas pode facilitar o aprendizado e a comunicação, ajudando a criança a expressar suas ideias e necessidades de maneira mais eficaz. Promover atividades que incentivem a interação social e a inclusão entre os alunos é fundamental para o desenvolvimento de habilidades sociais”.
Além dos já mencionados, outras animações que têm personagens autistas incluem:
Damião Silva enfatiza que essas representações não são apenas sobre inclusão, mas também sobre educação. “Filmes e séries como ‘Divertidamente’, ‘Vila Sésamo’ e ‘Thomas e Seus Amigos’ ajudam a desmistificar o autismo para pais, crianças e outros adultos, promovendo uma maior compreensão e aceitação,” afirma Silva.
“Quando as crianças veem personagens com autismo em seus programas favoritos, elas aprendem que essas diferenças são normais, e que todos merecem ser aceitos e incluídos.”
Pais e profissionais de saúde têm papéis fundamentais ao apoiar e incentivar iniciativas que promovam a diversidade neurocognitiva.
“Incentivar as crianças a assistir e discutir esses programas pode ser um passo importante na construção de uma sociedade mais inclusiva,” diz Silva.
Diana Cavalcanti, vice-presidente da Associação Caminho Azul e mãe do Enzo, um jovem com dupla excepcionalidade (autismo e superdotação), enfatiza que os filmes podem ajudar a aperfeiçoar o entendimento complexo das emoções das crianças e jovens atípicos.
“O autismo remete a uma dificuldade de interpretar emoções e sentimentos, o que pode fazer com que ele se sobrecarregue emocionalmente e entre em crise. Então, filmes (como os de desenhos animados) conseguem divertir e ensinar com linguagem menos complexa a importância de se acolher as emoções e ainda dá exemplos de como se portar em situações cotidianas. É extremamente valoroso para nossa realidade atípica. Sempre íamos ao cinema, e ver os filmes proporciona o momento em família sem igual”.
Gabriel Frozi complementa ainda a importância da rede de suporte, “construir uma rede de suporte que inclua psicólogos, terapeutas e outros profissionais especializados, pode ajudar a oferecer um suporte abrangente para a criança”.
Damião Silva incentiva todos a reconhecerem e apoiarem as representações de crianças autistas na mídia infantil.
Estas representações não só enriquecem a experiência de todas as crianças, mas também promovem uma sociedade mais inclusiva e empática.
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