A Organização das Nações Unidas (ONU) ressaltou como a pandemia de covid-19 serviu para reforçar a importância desse meio de comunicação para os deficientes visuais. A iniciativa se deu por conta das celebrações do Dia Mundial do Braille, comemorado em janeiro.
“O confinamento por causa da pandemia levou a uma série de problemas como isolamento e dependência, principalmente para quem precisa do toque para se comunicar”, ressaltou a ONU em comunicado.
Deficientes visuais também enfrentam maior risco de contaminação diante das dificuldades de obter orientações e informações acessíveis em braille sobre a doença, destacou a organização, que desde o início da pandemia vem produzindo materiais para esse público, com foco especial na África.
Com a pandemia, houve ainda um impulso no desenvolvimento de meios de comunicação digitais para deficientes visuais, que têm como principal suporte a transcrição em áudio. O ensino remoto também prejudicou a utilização do braille nas escolas. Tudo isso gerou a preocupação com a chamada “desbrailização” desse público.
De acordo com o Relatório Mundial sobre Visão 2019, da Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,2 bilhões de pessoas têm algum tipo de deficiência visual, sendo 1 bilhão com uma condição que poderia ser prevenida ou tratada. Ainda conforme a OMS, a incidência de deficiência visual é quatro vezes maior em países de rendas baixa e média do que nas nações mais ricas.
Nos Brasil, os dados oficiais mais recentes disponíveis são do Censo de 2010. Segundo o levantamento, há no país mais de 6,5 milhões de pessoas que não conseguem ver de forma alguma ou que têm grande dificuldade, o equivalente a 3,4% da população. Desse total, 582,6 mil são incapazes de enxergar.
Fonte: Agência Brasil
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