É normal e comum as pessoas sentirem medo e aversão em determinadas situações. O pavor excessivo pode ser algo inerente ao ser humano desde a infância e pode estar relacionado a alguma causa ou um fato que tenha marcado a vida. Porém, alguns indivíduos podem ter seus sentimentos mais à flor da pele do que os outros, como acontece com pessoas diagnosticadas por sofrer com algum tipo de fobia.
A fobia é caracterizada como o medo exagerado de algo ou de alguma situação. A Organização Mundial da Saúde (OMS), revelou em 2018 que o Brasil estava no topo da lista de países com o maior percentual de pessoas com transtornos de ansiedade e fobias gerais, contabilizando 9,3% da população.
De acordo com a psicóloga Ana Cláudia Machado, especialista em neurofeedback, a fobia tem relação com o transtorno de ansiedade. “A fobia é um dos transtornos de ansiedade. A ansiedade tem vários tipos de transtorno. Tem as fobias, tem o TOC, que é o Transtorno Obsessivo Compulsivo. Tem o transtorno de ansiedade generalizada. Tem o transtorno do pânico e a fobia é um desses transtornos da ansiedade. A fobia é um medo desproporcional a ameaça que uma determinada coisa dá pra mim”, contou.
CAUSAS
A especialista afirma que as causas da fobia estão ligadas a algum trauma durante a vida e que fica marcado na memória. “As causas de fobia se forem uma fobia gerada por um trauma é, justamente, por causa de um acontecimento que se apegou na memória da pessoa e gerou um trauma nela. Então, por exemplo, você é uma criança que foi brincar com o cachorro e o cachorro latiu para ela. A percepção que a pessoa tem enquanto criança desse latido do cachorro é de ter sido uma ameaça muito grande, mas, na verdade, não foi, o cachorro só latiu e a criança ficou com medo, achou que o cachorro ia atacar, isso vai fazer com que um adulto tenha fobia de cachorro, por exemplo”, explicou Ana.
Existem vários tipos de fobia como astrofobia, que é o medo de trovões e relâmpagos; claustrofobia, relacionada ao medo de lugares apertados; hemofobia que diz respeito a pessoas com medo de sangue.
Segundo a psicóloga, existem tipos de fobia que são consideradas mais comuns entre as pessoas. “Os tipos mais comuns de fobia são a fobia social, a claustrofobia. E a fobia relacionada com algum tipo de trauma que a pessoa vivenciou quando criança, seja ela por inseto, por altura, alguma coisa assim”, comentou.
É POSSÍVEL SUPERAR UMA FOBIA?
Muitas pessoas têm dúvida quanto a superação de uma fobia e se existe um método que possa amenizar essa sensação. Ana Cláudia destaca que a melhor maneira para vencer o trauma é apresentar o indivíduo frente à sua fobia sob a supervisão de um profissional. “De acordo com a análise do comportamento, nada melhor para superar uma fobia do que a exposição gradativa a essa fobia. Então, por exemplo, uma pessoa tem claustrofobia, que é o medo de ficar num lugar fechado, o ideal é que a gente em um ambiente controlado e com supervisão de um profissional, faça exposição gradativas e respeitosas da pessoa em ambientes fechados até ela ir bem aos pouquinhos se acostumando com essa realidade e enfrentar esse medo a ponto de ver que ela não vai ter essa ameaça toda que ela imagina que vai ter”, finalizou.
*Texto: Saul Anjos*
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