O Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), promove todo mês 09, a campanha Setembro em Flor, para conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de cânceres que afetam o sistema reprodutivo feminino.
Estes incluem cânceres no colo do útero, endométrio, ovários, vagina e vulva, sendo alguns passíveis de rastreamento com exames específicos.
Durante o mês de setembro, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) reforça a necessidade de acompanhamento ginecológico regular para a prevenção e detecção precoce de cânceres ginecológicos.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), aproximadamente 30 mil mulheres são diagnosticadas com câncer ginecológico no Brasil a cada ano.
Dentre esses casos, mais de 16 mil são de câncer de colo do útero, o segundo mais frequente em algumas regiões, como o Norte do Brasil.
O Dr. Eduardo Cândido, presidente da Comissão de Ginecologia Oncológica da FEBRASGO, ressalta que o ginecologista desempenha um papel central na saúde da mulher.
“O acompanhamento regular permite a detecção de lesões precursoras e o diagnóstico precoce de tumores, aumentando as chances de tratamento eficaz”, afirma o especialista.
O exame de Papanicolau, ou citopatológico, continua sendo uma das ferramentas mais eficazes para o rastreamento do câncer de colo do útero, com o teste de DNA do HPV, que detecta a presença do vírus responsável pela maioria dos casos dessa doença.
“Esses métodos permitem identificar alterações em estágios iniciais, o que é crucial para melhorar as taxas de sobrevivência”, explica Cândido.
Para o câncer de mama, a mamografia é outro exame fundamental, uma vez que permite a detecção de lesões suspeitas e tumores em fases iniciais, aumentando a precisão do diagnóstico em comparação com o exame físico de palpação.
Além dos exames tradicionais, os ginecologistas são orientados a adotar uma visão holística do cuidado da saúde feminina, levando em conta o histórico de saúde e os sintomas apresentados pelas pacientes.
A colonoscopia, por exemplo, pode ser recomendada para mulheres em idades mais avançadas ou com fatores de risco, como tabagismo.
A atenção aos sinais e sintomas relatados pelas pacientes também é essencial para o diagnóstico precoce de cânceres que não possuem rastreamento eficaz, como os tumores de endométrio e ovário.
“O câncer de endométrio, por exemplo, está frequentemente associado a sangramentos genitais em mulheres pós-menopausa, um sintoma que nunca deve ser ignorado”, alerta o especialista da FEBRASGO.
Para além dos exames de rastreamento, o estilo de vida também desempenha um papel crucial na prevenção de cânceres ginecológicos.
A obesidade, por exemplo, é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de câncer de endométrio, e hábitos alimentares inadequados, como o consumo excessivo de alimentos processados e ultraprocessados, também aumentam os riscos.
O Dr. Cândido ressalta que manter uma dieta equilibrada, rica em fibras, aliada à prática regular de exercícios físicos, pode ajudar a prevenir diversas condições de saúde, incluindo o câncer.
Ele também reforça a necessidade de eliminar hábitos prejudiciais como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, que são fatores de risco para o desenvolvimento de vários tipos de câncer.
Fonte: Medicina S/A
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